Se calhar nem vou escrever sobre a frase do “ready maker” mas gostava muito de a ver num título. É bonita (á brava). Tem tudo que ver com devaneios e paradoxos, temas que assustam e não assustam. Coisas que não interessam, bastante. De facto não há direito de escrever um comentário daqueles, foi muito pertinente a sua autoridade. Não vou dizer o mesmo. Sei que é preciso ser foleiro para um comentário daqueles. Será literatura VEC? Não é. Podia ser, mas não é. Tem uma intenção muito concreta, que não menos que o contrário de produção artística, incapaz e murcha, que só recalca a sua inadaptação. Bola para o outro lado. Se calhar não entendo bem, mas segundo alguns devaneios, o melhor é as coisas tenderem para o linear, para o menos confuso possível, ou seja, 1 é igual a 1 , dois é igual a dois, e não há cá lugar para funções, incógnitas ou contas matemáticas mais elaboradas. Digo Artísticas.
É verdade,
desta vez vou-me a dar ao trabalho. (Prepara-te anonymous amador, vai comprar outro lápis, vais ler um devaneio. E é se queres.)
Realmente o campo da significação é importante. Em certos casos, faz muita diferença a existência ou não existência de um acento, noutros não. Por exemplo, é comum ouvirmos das pessoas do norte qualquer coisa como “voltamos”, isto dito, sem acentuação quando se fala no Pretérito Perfeito. Por outro lado, toda a gente sabe que Astato funciona funciona muito melhor sem acento. Escusado seria dizer senão gozassem com todos nós, mas gosto de palavras redundantemente repetidas e de erros em inglês. A funcionalidade da compreensão é Inabalável. A compreensão de esquemas mais complexos e fora do entendimento universal é aliciantemente elitista, desta feita podre, e que serve o capricho intelectual. Talvez não concorde (digo eu tauto).Não quero abalar estruturas que façam correr bem e cada vez melhor o sentido do dia após dia. Mas caramba, esses esquemas complexos podem ter outro adjectivo, como esquemas “específicos”, ou seja podem ter resultados “intautos” – cumplicidade, evolução científica, produção artística. Esta conversa, e a escrita tem destas coisas, permite-me também dizer que um é igual a dois e que portanto isto não é um monólogo.(alguém vai certamente contestar e dizer que não é a escrita que me permite isso, espero que o faça, dar-me-á toda a razão). Lembro-me de um título, “ O homem que confundiu a mulher com um chapéu” do Oliver Sacks. O livro do Sr. Sacks, não é propriamente uma comédia, uma ironia artística ou mesmo ficção. O Dr. Sacks é neurologista e escreve sobre confusões que de facto existem. Bola para o outro lado outra vez…Será que vale a pena? Se a alma não for pequena.
Deuce
Francisco Roldão
É do bairro e costuma gerar confusão.