Estes são, a meu ver, um dos teus melhores trabalhos...muito bem conseguidos!
passo a explicar:
+ força imagética + imaginário do quase inconsciente que na nossa época contemporânea dá lugar ao kitch. Aceitação da validade das paisagens, mas recusa do seu lugar nos dias de hoje. + critica cínica, se assim se pode chamar,a ambientes estereotipados que, ao mesmo tempo, podem ser tomados como nossos e simultaneamente alvo de chacota. + criamos as nossos próprios paraísos, nestas tuas peças nota-se o apreço por eles, mas ao mesmo tempo, símbolos do imaginário dito "vulgar". Qualquer pessoa desinteressada pela arte ou apenas conformada consigo mesma e com as coisas, que prefere a fuga ao confronto da realidade(nota:toda a gente tem a capacidade de ser artista)apenas entende este tipo de arte de paisagem dizendo:"isto é que é arte"..."que bonita paisagem",da-se, portanto, lugar a algo a que a tal dita "pessoa comum" chama e afirma com QUASE(estrutura frágil) toda a convicção "ARTE". + Nestes teus trabalhos fantasia e naturalismo fundem-se...n vejo grande distinção visto que, todos nós idealizamos coisas(todos temos essa capacidade).Poderemos afirmar, no entanto, qual a capacidade de cada um para o simbolismo, intrínsecamente ligado a interpretação, seja ela mais ou menos confluída, mais ou menos redireccionada para um leque mais estreito de interpretação. Defendo, assim, que simbolismo desenvolve-se, com mais ou menos esforço. A "pessoa comum" vê o que se lhe apresenta como um dado adquirido, outros vão um pouco mais além, uns nem sequer querem saber da semântica/conteúdo da coisa, ou seja, é agradável e pronto. Nestes casos de paisagens e outros, mais valerá então ir aos sítios, imagina-los?ok...qual a barreira então entre o imaginário e o real?Entre mim e outros seres Humanos...nenhuma!Penso apenas que as decisões tomadas na vida ficam ao critério de cada um. Pessoalmente prefiro respirar os lugares...o resto são coisas que nos estrapulam, mas que ao mesmo tempo podem ser tomadas como nossas(se assim o decidir-mos). Para finalizar, o melhor será ir buscar o melhor dos dois mundos real/imaginário, sendo que, e como disse anteriormente, a diferenciação entre ambos é vaga e estreita. Penso então que associas estes dois factores num só elememto pictórico.O [X] simboliza recusa, barreira, mas ao mesmo tempo um muro que não é compacto, que mostra aquilo que por detrás se adivinha e se vê, com o apetite irónico e ao mesmo tempo sincero de afirmação de algo, que a pessoa massificada não lê concretamente e que poderá ao mesmo tempo julgar um abuso e obstrução a essa coisa tão bonita que é a ja referida "paisagem". Na coisa existe sempre uma outra coisa interna e mais uma outra e mais uma outra...profundidade e aumento dos horizontes, que devem ser alargados e compreendidos. Nesta tua série de trabalhos, os horizontes são alargados a meu ver, compreendidos e recusados a posteriori.
Fica aqui o meu testemunho e pensamento sobre o teu trabalho - mera opinião sobre estas várias peças que me foram apresentadas e que me suscitaram interesse.
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Estes são, a meu ver, um dos teus melhores trabalhos...muito bem conseguidos!
passo a explicar:
+ força imagética
+ imaginário do quase inconsciente que na nossa época contemporânea dá lugar ao kitch. Aceitação da validade das paisagens, mas recusa do seu lugar nos dias de hoje.
+ critica cínica, se assim se pode chamar,a ambientes estereotipados que, ao mesmo tempo, podem ser tomados como nossos e simultaneamente alvo de chacota.
+ criamos as nossos próprios paraísos, nestas tuas peças nota-se
o apreço por eles, mas ao mesmo tempo, símbolos do imaginário dito "vulgar". Qualquer pessoa desinteressada pela arte ou apenas conformada consigo mesma e com as coisas, que prefere a fuga ao confronto da realidade(nota:toda a gente tem a capacidade de ser artista)apenas entende este tipo de arte de paisagem dizendo:"isto é que é arte"..."que bonita paisagem",da-se, portanto, lugar a algo a que a tal dita "pessoa comum" chama e afirma com QUASE(estrutura frágil) toda a convicção "ARTE".
+ Nestes teus trabalhos fantasia e naturalismo fundem-se...n vejo grande distinção visto que, todos nós idealizamos coisas(todos temos essa capacidade).Poderemos afirmar, no entanto, qual a capacidade de cada um para o simbolismo, intrínsecamente ligado a interpretação, seja ela mais ou menos confluída, mais ou menos redireccionada para um leque mais estreito de interpretação. Defendo, assim, que simbolismo desenvolve-se, com mais ou menos esforço. A "pessoa comum" vê o que se lhe apresenta como um dado adquirido, outros vão um pouco mais além, uns nem sequer querem saber da semântica/conteúdo da coisa, ou seja, é agradável e pronto. Nestes casos de paisagens e outros, mais valerá então ir aos sítios, imagina-los?ok...qual a barreira então entre o imaginário e o real?Entre mim e outros seres Humanos...nenhuma!Penso apenas que as decisões tomadas na vida ficam ao critério de cada um. Pessoalmente prefiro respirar os lugares...o resto são coisas que nos estrapulam, mas que ao mesmo tempo podem ser tomadas como nossas(se assim o decidir-mos). Para finalizar, o melhor será ir buscar o melhor dos dois mundos real/imaginário, sendo que, e como disse anteriormente, a diferenciação entre ambos é vaga e estreita. Penso então que associas estes dois factores num só elememto pictórico.O [X] simboliza recusa, barreira, mas ao mesmo tempo um muro que não é compacto, que mostra aquilo que por detrás se adivinha e se vê, com o apetite irónico e ao mesmo tempo sincero de afirmação de algo, que a pessoa massificada não lê concretamente e que poderá ao mesmo tempo julgar um abuso e obstrução a essa coisa tão bonita que é a ja referida "paisagem". Na coisa existe sempre uma outra coisa interna e mais uma outra e mais uma outra...profundidade e aumento dos horizontes, que devem ser alargados e compreendidos. Nesta tua série de trabalhos, os horizontes são alargados a meu ver, compreendidos e recusados a posteriori.
Fica aqui o meu testemunho e pensamento sobre o teu trabalho - mera opinião sobre estas várias peças que me foram apresentadas e que me suscitaram interesse.
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