De segunda para terça.

Tínhamos combinado à porta do recinto da queima e já era de dia quando nos encontrámos. A saída tinha cerca de 5 a 7 metros de largura e durante 15 minutos passaram 10 pessoas por segundo ali. Um fenómeno! Com um cachecol verde flúor no ar, a pouco e pouco fomo-nos reunindo. Arrancámos juntos à procura da paragem do autocarro. Só eu e o meu irmão é que chegámos lá. As primeiras duas camionetas não pararam e à terceira subi ao muro e gritei: Pessoal! Um minuto da vossa atenção por favor! O próximo não passa sem luta. Abanamos a carripana até abrir as portas.
O terceiro veio e parou porque os jovens taparam a primeira via. Na segunda faixa estávamos nós, os manos com pedras no ar para obrigar o condutor a ter juízo! O homem parou a viatura e enquanto o meu mano se encostou à frente, eu fui à janela do guiador e disse-lhe que não saia dali enquanto não entrasse toda a gente, e de borla, uma vez que já tinham falhado os dois primeiros serviços da STCP e não tínhamos que aturar essas faltas de cumprimento. Assim foi. 70% dos passageiro entraram sem pagar. Eu e o meu mano fomos os últimos a entrar e logo vieram os picas, cumprindo o seu serviço. -Pagou bilhete? -Não, e nem pense que vou pagar. Continua...