Espero que esteja tudo a correr bem aí na Holanda. Escrevo por causa de um comment que colocaram no meu blogue, citando-te a propósito das minhas competências. Gostava apenas de esclarecer que eu não era “assistente de informática”, mas técnico superior de design – foi o único emprego a que concorri, até ser professor, onde pediam alguém especificamente licenciado em design de comunicação. Quando entrei para dar aulas na FBAUP tinha média de curso superior a dezasseis, uma pós-graduação, mestrado quase concluído (terminei-o seis meses depois) e já dava aulas de mestrado há algum tempo; fazia design e bd há mais de sete anos. Por último, nada disto é uma verdade escondida. Nunca falei do meu currículo ou da minha profissão no meu blogue porque acho que qualquer pessoa pode escrever sobre design, independentemente da sua formação – até os professores de design e os “assistentes de informática”.
Olá Mário! Por aqui esta tudo mais ou menos. De momento encontro-me numa sala com cerca de 50 computadores ligados a tres tipos de impressoras e falto a uma aula do Ewan Lentjes (teorico e colunista na items e na eye) nada que nao se recupere com uma ida ao design observer. um aparte: ate agora apenas detectei duas grandes diferenssas entre o design holandes e o portugues: historia e dinheiro.
Quanto ao comentario. apesar de concordar com a frase "Parabens João da C. por seres dos poucos capazes de levantar algumas das verdades escondidas..." acabo afectado pelo fenomeno. se houve alguma coisa que pos as pessoas a comentar deste modo a afixassao nao foi a profissao de Bartleby mas as acusassoes (e elogios) feitos por alguem de cabessa quente (mais ressabiado ainda). isso nao é mau de todo. tu proprio afirmas muitas vezes que as discussoes em design so sao boas quando as vozes se levantam. discordando do glaucon e concordando com alguem: antes de sermos designers, padeiros, artistas, empresarios ou militares devemos pensar como seres humanos. e sempre mais facil receber palmadinhas nas costas porque nunca somos empurrados (darwin não diria melhor. que belo txt.) mas coisas descontrolam-se sempre durante quinze minutos que sejam. disseste-me da tua política bloguística de nao responderes nos comentários, eu próprio tinha uma (nao responder a comentários anónimos) que acabei por corromper nalguma situassao mais incómoda. O que me parece parece novo é o facto de alguém relacionar as tuas competencias com as minhas. Esclaresso desde já a minha posissao. Apesar da curta diferenssa de idades a tua atitude é de longe mais (hmmm... como dize-lo..) erudita. Apesar de nao me sentir completamente ignorante quando falamos, sei que nunca folheei sequer um quarto dos livros que já leste (e releste). acredita que quem te conhece nao duvida um segundo que aquela FBAUP nao te está a fazer um favor. Obrigado por teres escrito neste blogue. És o segundo professor a faze-lo sem máscara nem protecssao (o vitor escreveu uma vez). poucos alunos o fazem.
Abrasso de um teclado holandes com uma letra tipo relógio digital dos anos 80 na caixa de comentários que torna quase ilegível o que escrevo.
2 Comments:
Olá, João
Espero que esteja tudo a correr bem aí na Holanda. Escrevo por causa de um comment que colocaram no meu blogue, citando-te a propósito das minhas competências. Gostava apenas de esclarecer que eu não era “assistente de informática”, mas técnico superior de design – foi o único emprego a que concorri, até ser professor, onde pediam alguém especificamente licenciado em design de comunicação. Quando entrei para dar aulas na FBAUP tinha média de curso superior a dezasseis, uma pós-graduação, mestrado quase concluído (terminei-o seis meses depois) e já dava aulas de mestrado há algum tempo; fazia design e bd há mais de sete anos. Por último, nada disto é uma verdade escondida. Nunca falei do meu currículo ou da minha profissão no meu blogue porque acho que qualquer pessoa pode escrever sobre design, independentemente da sua formação – até os professores de design e os “assistentes de informática”.
Um abraço,
Mário Moura
Olá Mário!
Por aqui esta tudo mais ou menos. De momento encontro-me numa sala com cerca de 50 computadores ligados a tres tipos de impressoras e falto a uma aula do Ewan Lentjes (teorico e colunista na items e na eye) nada que nao se recupere com uma ida ao design observer.
um aparte: ate agora apenas detectei duas grandes diferenssas entre o design holandes e o portugues: historia e dinheiro.
Quanto ao comentario. apesar de concordar com a frase "Parabens João da C. por seres dos poucos capazes de levantar algumas das verdades escondidas..." acabo afectado pelo fenomeno.
se houve alguma coisa que pos as pessoas a comentar deste modo a afixassao nao foi a profissao de Bartleby mas as acusassoes (e elogios) feitos por alguem de cabessa quente (mais ressabiado ainda). isso nao é mau de todo. tu proprio afirmas muitas vezes que as discussoes em design so sao boas quando as vozes se levantam. discordando do glaucon e concordando com alguem: antes de sermos designers, padeiros, artistas, empresarios ou militares devemos pensar como seres humanos.
e sempre mais facil receber palmadinhas nas costas porque nunca somos empurrados (darwin não diria melhor. que belo txt.) mas coisas descontrolam-se sempre durante quinze minutos que sejam.
disseste-me da tua política bloguística de nao responderes nos comentários, eu próprio tinha uma (nao responder a comentários anónimos) que acabei por corromper nalguma situassao mais incómoda. O que me parece parece novo é o facto de alguém relacionar as tuas competencias com as minhas.
Esclaresso desde já a minha posissao.
Apesar da curta diferenssa de idades a tua atitude é de longe mais (hmmm... como dize-lo..) erudita. Apesar de nao me sentir completamente ignorante quando falamos, sei que nunca folheei sequer um quarto dos livros que já leste (e releste). acredita que quem te conhece nao duvida um segundo que aquela FBAUP nao te está a fazer um favor. Obrigado por teres escrito neste blogue. És o segundo professor a faze-lo sem máscara nem protecssao (o vitor escreveu uma vez). poucos alunos o fazem.
Abrasso de um teclado holandes com uma letra tipo relógio digital dos anos 80 na caixa de comentários que torna quase ilegível o que escrevo.
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