O Primeiro Blog de Todos os Tempos!

Antigo FBAUP, FBAUP404

sábado, setembro 30, 2006

O presente como casa ou o passado como fuga

Pois que outro conforto perante a eternamente insegura, minha companheira de vida, nostalgia do presente senão a afirmação do conhecimento? Partindo do princípio que o conhecimento se constrói com tempo.
Responde-se: A certeza que se é parte do próprio conhecimento.

Ressalva: Não quero de maneira alguma contrariar o espírito de José Hermano Saraiva porque sei que o melhor modo de agir em certeza é fazê-lo consciente dos alicerces.

Responde-se contra a preguiça do aventureiro do sofá terminal da www e contra mofo do alfarrabisteiro. Sempre contra o intelectual que entranhou com gosto egoísta o cheiro da humidade do papel ainda mais contra o que nega a sua condição de presente! Sinto sempre que me gozam quando estão a viver as representações e fixações de há 30 anos como se fosse o Hype. Seria uma questão de modo de falar ou entoação senão fosse isso acontecer em casa de homens do sul e homens do norte. Se o nosso potencial já tem fórmulas em disciplinas económicas porque não há-de sê-lo em vivência, valorizado? Porquê?
Ainda mais certo desta incredibilidade fico com a naftalina dos céus no bancos de trás de cadilaques. Nem são meus nem de agora.
Que não se compreenda esta divagação como afronta à construção da história, e que pelo contrário se vislumbre a confiança que se pretende no novo mundo. Passível de admiração?
Passível de ser vivido, certamente. Porque a representação é só verosimil.

quinta-feira, setembro 28, 2006

From Sweden to S. Francisco






terça-feira, setembro 26, 2006

We got to get this party rockin'!

E D I T O R I A L
de João Alves Marrucho
Neville Brody for the next 5 years! Não? Certamente.
E PUB:
poster11
Lançamento da última revista que paginei no Teatro Nacional D. Maria II
Apareçam.

Tauto-, Elemento de composição de palavras que que exprime a ideia de idêntico, mesmo.

Quando dois editores em cavaqueira se desentenderam sobre a tautologia, um disse que era "pescadinha de rabo na boca" e o outro disse que era "o princípio segundo o qual cada palavra deve manter o mesmo significado no mesmo contexto".
Pode ser entendida a palavra como o vício de linguagem que consiste em dizer sempre a mesma coisa, por formas diferentes. Esse hábito (o de conter o explicado na explicação) não será bom porque se o predicado não acrescentar nada à compreensão do sujeito, mais vale deixar silêncio. Uma pescadinha de rabo na boca é muito mais que isso. Essa expressão, tanto diz respeito à tautologia como à redundância, existindo mesmo a possibilidade de representar algo de autofágico e dicotómico. É do bairro e não costuma gerar confusão.
E eis porque é que a noção que remete para a obrigatoriedade da lógica na construção de discurso me foi mais querida na altura. Porque se um (o algarismo) significasse dois quando desse mais jeito ninguém se entendia na mercearia. Em sociedade global está na moda confundir, e quase todos os trocadilhos são disso prova. O mestre amestrado, o ovo ou a galinha, os lagos de montanhas, pelos pelos pelos pelos pelos e tautogramas diferentes, enfim... Isso é divertido e não desminto que não se cresça nem se aprenda em antagonismos e paradoxos. Mas para mim enquanto narrador, faz-me falta um fio condutor e de preferência uma conclusão, porque uma conclusão dá sempre jeito quando se pensa. E essa não aparece sem lógica discursiva. Aos 25 é uma parvoíce perder a cabeça em armadilhas linguísticas dia sim dia não.
Exemplo da importância do básico dever, ou direito, à igualdade que o termo deve possuir.
"A identidade brasileira do modo como foi compreendida pelos artistas modernistas do Brasil (antes de 1950) formou-se à volta de temáticas como o samba, o carnaval e a mistura racial. Natural é sempre o gosto das massas, o que gera uma sensação identidade nacional falaciosa porque nem todos os brasileiros gostam de samba. Hoje em dia a identidade colectiva pode ser desenvolvida a partir do sujeito porque a memória tem vindo a ser compreendida como um contexto de onde se pode agir pela apropriação de objectos populares e/ou acrescentando algo de individual como a fotografia da mãe ou do pai. Criam-se assim discursos tangenciais não se perdendo a sempre natural identidade particular." - Falha o princípio tautológico porque neste pequeno texto "natural" significa "sempre o gosto das massas" e também significa "identidade particular". Ainda que seja compreensível o grosso do discurso, para um especialista do conceito de "natural" a coisa fica preta. Não é que não esteja já ora vejamos uma selecção minha de significados que encontrei no Grande Dicionário Enciclopédico Verbo:
Natural, adj (unif) Relativo à natureza ou segundo as leis dela; inato; em que não há trabalho do homem, sem afectação simples, humano; diz-se do filho que não provém do matrimónio...
Neste caso não há nehuma pescadinha de rabo na boca. Falha apenas o princípio tautológico.
Acontece que ser mais do mesmo é pouco poético.
Que não se confunda "mesmo" com "identidade". ó kapa? Tautoconversa de café de quem não aprecia trocadilhos, por assim dizer.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Hoje Quinta Feira, Festa na Quinta do Paço. Espirituosos Juvenis. Com o Marrucho. Sem consumo, sem bilhete. Bom som!


APARECE!
"I'm a disco dancer (and a sweet romancer)."
Rua Passos Manuel, Edifício do Coliseu.
Espaço Manuel: O melhor tasco do Porto!