segunda-feira, maio 14, 2007

De seguda para terça (A continuação dos heróis)

Durante o tempo que os autocarros não pararam, metade da gente na fila tinha desistido e tinha ido fazer o gosto às dezenas de taxistas que cirundavam a zona que nem abutres. Este terceiro autocarro também não ia parar, já ia seguir em frente, o sacana.

Os três revisores cercávam-nos...
-Então vá lá à frente tirar. -Já lhe disse que não vou assim como já expliquei ao seu colega condutor o porquê da situação. E pare imediatamente de empurrar senão cai-lhe um processo em cima por tentativa de agressão ou intimidação. -Ou vai pagar o bilhete ou chamo a polícia. -Chame então... e já agora vá buscar o livro de reclamações. -Se não pagar vai ter que sair na próxima paragem.
O meu irmão: -Até pode ser em andamento. -E que tenha lá a políca à porta e o livro de reclamações. (Insisti)
Entretanto um jovem de fones ali de Campanhã levantou a voz em defesa dos revisores:
-Bai pagar o bilhete! Eu paguei o meu e não 'tou p'aí àrmar estruondo.
Eu:
-E tu não te metas. Se não queres defender os teus direitos, calas e pagas, mas isso não é comigo! Entendido?
O pica: -Já lhe disse que se não pagar vai sair na próxima paragem.
Ri-me e perguntei ao Zé se tinha euros para a tarifa. Ele disse que ia ver e ao mesmo tempo explicámos que compreendíamos a função dos revisores e que, honestamente, sabíamos que só estavam a cumprir o seu trabalho. Também lhes dissémos calmamente que os dois autocarros anteriores tinham seguido viagem completamente vazios provavelmente porque não queriam transportar jovens alcoolizados. E que para a próxima, se preferirem bêbedos ao volante, que avisem com a devida antecedência para a malta levar carros. Os revisores disseram que a culpa da situação era da Federação Académica do Porto, que ao contrário do que tinham proporcionado no ano anterior não tinham contratado esses serviços à STCP. A verdade é que nós estávamos numa paragem de autocarro pública e compreendemos que nos falharam o serviço. Pagámos e continuámos a viagem até ao nosso destino final. Antes isso do que ir de táxi. Durante o resto da viagem, tarde demais, os putos da parte de trás, gritaram canções de Abril. Nós ficámos satisfeitos porque conseguimos que ninguém ficassem à beira da estrada mais meia hora e ainda mais porque quase ninguém pagou bilhete. Ficou um réstia de disilusão porque a mesma juventude que ajudou e parou o autocarro connosco, lá dentro, enquanto os revisores nos cercavam e empurravam não se levantaram em nossa ajuda. "-Onde é que está o espírto de Abril?" -questionou o Zé em sussurro. Sabemos agora, com certeza, que não é só nas cantorias.

Por falar em cantorias: Este fim de semana que passou, o meu irmão, José Marrucho, foi representar a Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo ao Teatro São Luiz e o combo dele ganhou o concurso! Disse-me que o do Hot Club também era bom, mas claro, o meu herói sai aos seus, e como tal é campeão! Já alguém dizia que a única coisa que diferencia os vencedores dos perdedores é simplesmente a vontade de fazer o que os outros negligenciam. Parabéns Grande Zé! E já agora tenho novas remisturas para: Mr. Fox (& Friends), The Sounds, Lucas Walters (Wu Tang Clan), e Para One. Ouçam-nas em http://www.myspace.com/djmegamix2008.
Obrigado pela atenção.

2 Comments:

Blogger Jorge Naper said...

Parabéns Zé!:)

7:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parabénsssssssssss!Zééééééééééé´´eéée´´eééééé´´´´eé´´eé´´eé!

10:36 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home