Olhe, desculpe, a Net tem dono?
Porquê, queres comprar?
Disseram-me ontém que uma das possíveis tendências de desenvolvimento dos veículos de informação poderá passar pelo apelo ao consumidor comum (que agora tem um P.C. e um Minidisc) que abdique do seus discos de fixação de informação. Prevê-se que com o avanço tecnológico das ligações "wireless", a velocidade de transmissão de dados suba de tal modo que será possível descarregar um filme em "tempo real" do filme de um servidor/antena que cuja função seria divulgar conteúdos. Assim, eu poderia, com uma contribuição simbólica, ouvir um albúm no dia em que ele saía para o mercado não podendo no entanto gravá-lo porque tinha ficado tão entusiasmado com as notícias, que já não tinha gasto 300€ num disco externo. Ora para o consumidor comum isto são óptimas notícias. Para os criadores de produtos culturais a coisa já não é bem assim.
Se se tiver em consideração a noção de propriedade intelectual, adivinho para esta hipotética situação um mais fácil controlo da informação que circula. Posso pensar que se os génios que estão por trás da legislação dos direitos de autor entrassem em conversações com os maiores produtores de "software" para, por exemplo, criarem uns neologismos do tipo: espécie de servidor autorizado ou secretaria da fiscalização de conteúdos, a liberdade de informação a que assisto hoje poderia entrar em declínio.
Este é um cenário um pouco catastrófico e mais não digo em relação a supostas conspirações até porque confio nos hackers e crackers europeus e japoneses.
Propriedade Intelectual?
Tenho ideia de que a primeira oficialização da noção de direitos de autor surgiu em aquando da realização de uma exposição universal de engenhos, engenharias e engenhocas. Os organizadores desse evento prometeram aos participantes que as suas inovações não seriam plagiadas ou reproduzidas. Curiosamente foi por volta desta altura que surgiu o conceito de design. É pacífica a aceitação da ideia de que a primeira tendência de design moderno foi um acto de socialmente consciente, facto este que permitiu que as suas atitudes originassem novas reflexões de década para década, de local para local. O Arts and Crafts assentou nos modos de produção manuais para construir peças únicas, lutando deste modo contra uma produção industrial que começava a "escravizar operários" que passavam o dia a repetir a mesma flexão de membros superiores. Era então um movimento de design de esquerda.
Na 1ª aula de Grafismos Especializados falou-se de um mapa da pirataria onde Portugal estava pintado de vermelho assim como a China e mais alguns países de terceiro mundo. Os Estados Unidos estavam azúis e os países do norte da Europeu também tinham cor de céu. Sabendo que a principal fonte de capital dos E.U.A. é a venda de direitos de autor, ficou na minha cabeça um dilema: será que lhes devemos seguir o exemplo e temos de aumentar a fiscalização às cinematecas, discotecas, empresas farmacêuticas e outras empresas, associações ou até mesmo privados? ou será que nos devemos insurgir contra propriadade intelectual, abdicando de alguns direitos que temos agora em nome da liberdade de todos?
Para o meu caso já resolvi o problema: vou ripar, copiar, plagiar... Apropriar-me-ei da informação que me interessa enquanto posso. A Guerra do Conhecimento já não é só na TV nem nos meios impressos. A grande batalha está a chegar e só vai lutar quem souber que ela existe.
Um amigo disse-me que alguém disse: "Tudo pertence a quem o melhore."
Abraços.
Disseram-me ontém que uma das possíveis tendências de desenvolvimento dos veículos de informação poderá passar pelo apelo ao consumidor comum (que agora tem um P.C. e um Minidisc) que abdique do seus discos de fixação de informação. Prevê-se que com o avanço tecnológico das ligações "wireless", a velocidade de transmissão de dados suba de tal modo que será possível descarregar um filme em "tempo real" do filme de um servidor/antena que cuja função seria divulgar conteúdos. Assim, eu poderia, com uma contribuição simbólica, ouvir um albúm no dia em que ele saía para o mercado não podendo no entanto gravá-lo porque tinha ficado tão entusiasmado com as notícias, que já não tinha gasto 300€ num disco externo. Ora para o consumidor comum isto são óptimas notícias. Para os criadores de produtos culturais a coisa já não é bem assim.
Se se tiver em consideração a noção de propriedade intelectual, adivinho para esta hipotética situação um mais fácil controlo da informação que circula. Posso pensar que se os génios que estão por trás da legislação dos direitos de autor entrassem em conversações com os maiores produtores de "software" para, por exemplo, criarem uns neologismos do tipo: espécie de servidor autorizado ou secretaria da fiscalização de conteúdos, a liberdade de informação a que assisto hoje poderia entrar em declínio.
Este é um cenário um pouco catastrófico e mais não digo em relação a supostas conspirações até porque confio nos hackers e crackers europeus e japoneses.
Propriedade Intelectual?
Tenho ideia de que a primeira oficialização da noção de direitos de autor surgiu em aquando da realização de uma exposição universal de engenhos, engenharias e engenhocas. Os organizadores desse evento prometeram aos participantes que as suas inovações não seriam plagiadas ou reproduzidas. Curiosamente foi por volta desta altura que surgiu o conceito de design. É pacífica a aceitação da ideia de que a primeira tendência de design moderno foi um acto de socialmente consciente, facto este que permitiu que as suas atitudes originassem novas reflexões de década para década, de local para local. O Arts and Crafts assentou nos modos de produção manuais para construir peças únicas, lutando deste modo contra uma produção industrial que começava a "escravizar operários" que passavam o dia a repetir a mesma flexão de membros superiores. Era então um movimento de design de esquerda.
Na 1ª aula de Grafismos Especializados falou-se de um mapa da pirataria onde Portugal estava pintado de vermelho assim como a China e mais alguns países de terceiro mundo. Os Estados Unidos estavam azúis e os países do norte da Europeu também tinham cor de céu. Sabendo que a principal fonte de capital dos E.U.A. é a venda de direitos de autor, ficou na minha cabeça um dilema: será que lhes devemos seguir o exemplo e temos de aumentar a fiscalização às cinematecas, discotecas, empresas farmacêuticas e outras empresas, associações ou até mesmo privados? ou será que nos devemos insurgir contra propriadade intelectual, abdicando de alguns direitos que temos agora em nome da liberdade de todos?
Para o meu caso já resolvi o problema: vou ripar, copiar, plagiar... Apropriar-me-ei da informação que me interessa enquanto posso. A Guerra do Conhecimento já não é só na TV nem nos meios impressos. A grande batalha está a chegar e só vai lutar quem souber que ela existe.
Um amigo disse-me que alguém disse: "Tudo pertence a quem o melhore."
Abraços.
1 Comments:
Creative Commons? Será que não há ninguém que se lembre que o intelecto ainda não é quantificável. Se os vossos actos, os vossos sentimentos, mesmo as vossas ideias, não são mais que simples deslocamentos moleculares, um trabalho químico e mecânico comparável ao da digestão, em nome de quem, em nome de quê, quereis que eu vos respeite?
Será que nunca ninguém pensou: "Ah... eu já tinha pensado nisto! Porque é que eu não publiquei isto antes?"
A palavra intelecto, posta nestes termos, não passa de uma sofisticação de termos como aura, alma, pensamento, ideia, (ect.).
Este duvidoso termo associado à noção de propriedade atinge proporções rídiculas.
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