sábado, dezembro 18, 2004

Duplu 2

Neste preciso momento estão cerca 1000 pessoas a dançar na Faculdade.
Ou melhor, estão 1000 pessoas na Faculdade.
Eu vim para casa na segunda música do Colectivo Muesli ou Muesli Colectivo.
Começaram com um tema que bem podia ser de Mike Ink em meados de anos 90.
O segundo teve uma introdução longuíssima que fez com que a minha semi-embriaguês perdesse o prefixo.
Não tinha trocos para uma Coca-Cola e vim para casa escrever. Ainda não sei publico isto no F.B.A.U.B. ou no Eurosom. Talvez nos dois.

Ontem os alunos que podiam sair à noite e queriam sair à noite para ouvir qualquer coisa diferente daquilo que ouvem no seu dia-a-dia foram brindados com um concerto de TAM (Tira A Mão "ex-"parceiro de DMD (Do Meu Deserto)), com outro de Rafael Toral e um final dos VídeoSutra ou Vídeosutra apresenta:.
A minha opinião sobre as actuações já foi dada aos artistas que se expuseram a isso, pelo que não vou avançar com mais dados, até porque não fiquei revoltado.
Fica só uma dica e uma dica só: qualquer pessoa que tenha cabelos e faça música electrónica não se deve auto-apelidar de careca electrónico. Já agora, deixo duas: o Rafael Toral gostou muito da última actuação.

Antes de voltar à festa (como se diz no Porto: degredo), quero só desejar boa sorte às equipas de limpeza quando resolverem o problema dos vomitados e dos mijos nos corredores de acesso a tudo quanto é espaço.

Sem ironias nenhumas:
Esta Associação de Estudantes desenvolveu um bom trabalho.
Parabéns ao Sérgio, Dinis, Bino e Duarte pelo D.J.7, a todo o pessoal do balcão pelo esmerado serviço de Bar, Sr. Ângelo, pessoal da bilheteira, cabides e à Presidenta por confiar nesta corja.
Até daqui a 300 metros.

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Joao ve la se nao te tornas num outro Mario Moura (por mt respeito que me mereça)é bom que fales, critiques, mas procura não radicalizares as tuas criticas, materializa-as, e não falo em dizer ou denunciar; o que se passa ja todas/os sabemos, mas falo sim em fazeres algo que fundamente as tuas críticas, Ja dizia Woody Allen: Talento e teoria não são nada se não se fizer nada com eles, ou seja menos bla bla e mais acções VISÍVEIS! Ha já quem ache que estas a ficar paranóico!

Ate uma proxima oportunidade,
msr LINUX.

3:31 da tarde  
Blogger joao said...

-OLHÁ GRANNY SMITH!
-Tem bicho?
-Não.
Começo já pelo fim: Quem acha que estou a ficar paranóico, já está a achar tarde demais. Mesmo muito tarde!!!
Não mudando de assunto: posso desde já deixar claro que me guio por "batalhas políticas ou éticas" pessoais e principalmente pelas conclusões que delas restam, assim como tu, Careca Electrónico. Também guio o meu trabalho por momentos de consenso, assim como tu. A diferença é que tu não tens outra batalha senão a do teu trabalho, e depois os outros que fiquem a apanhar com recorrências. Ainda assim, ficas com quase todos os frutos que caiem da árvore que outros abanam. Isso não me incomoda, também o faço. Melhor, não ficas com todos e também te calham algumas maçãs com bicho.

Cuidado com as interpretações: a crítica destrutiva aos docentes não é o mote para o meu trabalho. Não desminto que critiquei algumas coisas que me afligiam no modo como eram encaminhadas as propostas e não só. A moral do teu comentário (Careca Electr.) já tem algumas semanas na minha mente, e por isso já opinei de novo, mas em privado. Voltarei a fazê-lo sempre que achar necessário... A minha crítica pode ser incisiva mas vem do coração e à partida não serve senão os meus propósitos...
Não acho tenha saído prejudicado em nada pela atitude de questionamento...

O vosso "Videosutra apresenta:"Pelo que me pareceu, (a não ser que estivesses a tocar qualquer instrumento acústico (e é óbvio que não)), a única coisa que a vossa música não teve de electrónica foi a reverberação do auditório.
Estou interessado em saber como produziste aquele som mas não estou curioso em relação ao conceito. Só quero coisas técnicas. Se alguém deveria estar interessado no conceito e na sua divulgação seriam os Videosutra. Afinal quem vai comunicar deve realmente querer fazê-lo. A minha opinião, e continuando a bater na mesma tecla, é a que apanhaste uma maçã com bicho e a partilhaste com todos. A actuação revelou uma espécie de indigência concensual que te deveria assustar. O bichinho, é aquele que se mata facilmente nas aulas com uma tanga conceptual arrumada nos meandros mais obscuros das prateleiras mentais. É inegável que és um óptimo aluno, mas muito honestamente, não me revejo nas tuas explicações líricas para os experimentalismos. As tuas palavras ajudam-te a criar uma coisa indecifrável, inconclusiva, sofrida e como consequência, uma potencial nota A : ). Na actuação de quinta não pudeste dar a explicação. Ficámos todos pobres na mesma. Estas falhas de comunicação acontecem-me imensas vezes nas aulas e fora delas, mas não é por isso que deixo de tornar público aquilo que quero. Claro que falo demais mas será que isso vai parar de acontecer ou já está mais gente falar demais?
O ensino superior está a atravessar uma fase conturbada. As responsabilidades de tal tragédia não são alheias à facilidade de alcançar conhecimento aprofundado sobre quase tudo com um computador e uma linha telefónica. Os blogs (por exemplo) podem hoje converter opinião privada em opinião pública. Alguém que eu admiro e que passou pela escola há muitos anos me disse uma coisa que meu deu ânimo para continuar sobre os blogs: "...provavelmente, se eu estivesse lá (na F.B.A.U.P) agora escreveria num. Tu estás a cumprir a tua função nesse meio, eu já estou noutro. -Não compreendo!" -disse eu, ao que ele/a me respondeu: "Estás a ver este azulejo? Tu estás aqui e eu estou por ali e por além. E depois ainda existem estes todos que fazem o resto da casa de banho."

E msr LINUX:

Um ano de Ana muito resumido:-Bye Bye 03 na FBAUP
-1º Aniversário Ping Pong no Triplex
-1ª Mostra de Música Electrónica na ZDB.
-Ana no PêSSEGOprSEMANA
-Duplu 1 na FBAUP
-Festa de aniversário da Capela e da Novo Design perto do Convento do Beato
-Ana & Concorrência no Passos Manuel
-Ana & Concorrência no Labirintho

Um ano de João muito resumido:-Ciclo de Conferências Artistas/Comissários para ESAD (série de cartazes e flyers)
-Paint Suck's! para Miggy e Marky (desenhos/cartazes)
-Textos & Pretextos Nº4 para F.Letras U. Lisboa (paginação, cartaz e convite)
-Festival Cale para Câmara Municipal do Fundão (cartaz e desdobrável)
-Eurosom para todos: eurosom.blogspot.com (weblog)
-Livros de Artista no PêSSEGOpraSEMANA (narrativa gráfica)
-Internationale Kunsthalle Porto (série de cartazes e desdobráveis)

Da próxima vez, aparece nas coisas visiveis! Ou queres que te as leve a casa?

6:26 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

és o maior.

2:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sra Ana ou sr Joao, quanto ao duplo 2, axo que os ditos SUTRAVIDEO e nao VIDEOSUTRA como insistes em chamá-los (demostrando, até aqui, alguma ignorância quanto ao trabalho dos mesmos), se calhar tiveram uma actuação mais emocional que aquela que Ana custuma ter, no meu entender, pelo que vi, o que pretendiam os teus colegas era ou devia ser, subir para o palco e "curtir", e o conceito devia ser o que quisesses que fosse.
Quanto á questao técnica do dito concerto, não sei se reparaste mas não havia nenhum laptop, nenhum software que gerasse o vídeo, nenhum sampler nem nenhum sample prégravado, o que eles fizeram foi procurar dar ritmo à uma máquina que poderia e pode funcionar sózinha, dispensando os 2 indivíduos que subiram ao palco, mas se calhar o melhor que tens a fazer será dirigires as tuas dúvidas directamente para eles e tentar perceber. Escusas de te esconderes atrás da net e faz como nós juntamente com o TORAL fizemos; quem sentiu curiosidade no trabalho "APRESENTADO" ao fim do concerto subiu ao palco e inteirou-se da situação, acho que poderias ter feito o mesmo vistas as dúvidas que aparentas ter.

Em relação ao conceito e ao que chamas de explicação do teu trabalho, eu pessoalmente quando vou a um Museu não gosto de ter Guias, pois condicionam a minha leitura. Acho até que há mais gente com esta mesma opinião.

Mais uma coisa, não leves a mal, mas os concertos Ana tornam-se cada vez mais previsíveis, ou seja sei o que vou ver e ouvir quando vou a un concerto Ana.

Ex-aluna.

3:59 da tarde  
Blogger joao said...

Não confundas música electrónica com música digital.
Ok?
Chiça! Nem com net à frente te dignas a fazer uma pesquisa no google.

6:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

meus amigos, já pensaram em música pela música?
conceitos blá blá blá... MÙSICA!

9:23 da tarde  
Blogger joao said...

Anonymous:
A música pela música? Nunca tinha pensado nisso. É tipo a arte pela arte, não é? Tipo troca por troca. Altamente!...
Vou tentar musicalmente: Música é a música muito música que não tem nada a haver com música de música. Música pode ser música música sem música para música.

Mas espera aí... Isto não é lá muito claro. Olha que esta agora! Assim não chego a lado nenhum. Tenho de utilizar mais palavras para ver se consigo comunicar contigo.

2:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Fico muito satisfeito por constatar que o nosso trabalho originou tanta conversa, e opiniões diferentes, prefiro que assim seja do que os habituais "foi fixe, curti bués, altamente,..etc."

Quanto ás críticas, nomeadamente às questões como conceito ou "música pela música" houve uma altura em que eu e o João, sentados no belas falávamos do facto de hoje em dia existir muita informação e as pessoas já não se conseguirem isolar para conseguirem "criar", prefiro seguir o caminho de Michel Gondry cujo trabalho admiro muito. O método preferido dele é literalmente "cagar" para o que existe, para o que ja foi feito, para as regras sejam elas de design ou de ética no design e simplesmente fazer aquilo que ele achar mais adequado, ou seja "video pelo video" e principalmente CURTIR!!
Já também houve quem nos acusou de plágio não sei ao certo quem é que nós copiámos, talvez nos possam esclarecer, mas tal como o Gondry tou me a cagar se já tinha sido feito ou não, na minha opinão para citar Marcel Duchamp; "já ninguém inventa nada, usa-se o que existe" Quem acusa de plágio e faz música de certeza que não inventou a música seja ela electronica, digital, tribal, experimental ou o raio que o parta. Tb fui, no meu passado recente, demasiado romantico quanto á arte; valorizando o conceito em detrimento da emoção e do prazer de fazer as coisas, até chegar ao 5º ano. E vistas as coisas e para quem andou na nossa faculdade, é mais bem sucedido quem quem caiu na realidade e fez do que quem falou, ja dizia um político que filosofia é muito bonito mas não servia para nada, já começo a perceber sentido da afirmação.

Continuem a escrever que estou a adorar ver que há aqui muita gente que nos leem os pensamentos.

THIERRY.

2:50 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Thierry:
Quando falei em música pela música era mesmo a isso que me referia, a simplesmente curtir, esquecer as regras, as definições, os conceitos, e aproveitar todo o tipo de emoções que possas retirar da música, seja quando se cria ou quando se é um mero ouvinte.
Eu valorizo a "emoção e o prazer de fazer as coisas", neste caso, o prazer de ouvir a música de que gosto pelo simples facto de me fazer sentir bem, e quero lá saber do que esteve por trás da concepção da mesma.
E João:
Gostar da música pela música não significa não conseguir manter uma conversa lógica e completa sobre o tema. Outra coisa: escreve-se "não tem nada a ver" e não "a haver".

Sofia Suarez

6:38 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Até que enfim, alguém com os parafusos todos! Obrigado Sofia.
Thierry

12:27 da manhã  
Blogger joao said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

2:59 da manhã  
Blogger joao said...

"Os profissionais da Comunicação Social tropeçam, frequentemente, nestes problemas:
   1. Devem dizer «… tem que ver com…»? É admissível dizer «… tem a ver com…»?
(...)"
2. Deve escrever-se «… acho...» ou axo?

"Carlos Andrade
director da TSF
Portugal" & J.C.

   1 – Deve-se dizer «… tem que ver com…», porque "… tem a ver com…" é sintaxe francesa.
   Empregamos tem que, quando antes do que se subentendem palavras como as seguintes: algo, coisa, coisas, etc.: «Tenho hoje muito que fazer».
   (...)"
2 - Deve escrever-se acho. E convém não dar lições de português com um curso das Belas-Artes.

"J.N.H." & J.C.

"Escreve-se: "Não tem nada a ver" ou "não tem nada a haver" ?

Bruno Trindade

Não tem nada que ver e não o francesismo do "nada a ver". Nada a haver tem sentido completamente diferente: que não tem nada a receber.

J.M.C."

Mais informações utéis na Net.
Mais parafusos na Rua do Almada.

3:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Este é o último comentário que faço relativo ao tema, porque é uma discussão que não tem um interesse por aí além.
Agora, escusas de me estar a atirar areia para os olhos, sei muito bem o significado de "não tem nada a haver", caso contrário não te teria chamado a atenção (sim, porque foste tu que erraste e não eu, e fico feliz por teres pesquisado e concluído que não tinhas razão). Os francesismos e os americanismos, entre outros "ismos", fazem parte do nosso vocabulário estando incluidos em diversos prontuários da língua portuguesa (por exemplo, no Novo Prontuário Ortográfico, escrito em formato de livro, pelo senhor J. M. de Castro Pinto, editado pela Plátano Editora). É muito mau ter a net como base exclusiva do nosso conhecimento, principalmente tendo em conta que a informação que se obtém é falível (não digo que seja este o caso).
Espero que tenhas um bom Natal, e que aproveites para ver mais além do teu computador e da Internet, digo isto sem qualquer tipo de ironia.
Os votos de boas festas estendem-se a todos!
Au revoir!

Sofia Suarez

5:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

F*****e! Um bon Natal a todos...!

Thierry.

10:32 da tarde  
Blogger joao said...

Faltam as forças. Estamos desmotivados. O Natal está há porta. Eu ainda estou pelo Porto a paginar uma revista de 200 pág. que era para ontém. Ainda assim, guardo tempo para trocar palavras com um interface. Não desistam já! Eu sei que é difícil, dá trabalho, e mais ainda quando falamos do que não sabemos e temos de pesquisar na net, num prontuário (o meu é da Didática Editora 2000/Prontuário e conjugação de verbos escrito por Leonor Sardinha e Lydia blá vai à Fnac que está lá, e dentro dele a conjugação do presente do indicativo do verbo atirar areia para os olhos|perdão, do verbo achar...), ou numa enciclopédia.
Conto com a vossa força de vontade para juntos fazermos um mundo onde toda agente possa CURTIR! ; )
Espero de vós a energia e dedicação necessária para, em conjunto, abolirmos os erros ortográficos da Web.
He, he, he!| perdão,
Ho, ho, ho! Merry Christhmas!

3:35 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Fico muito satisfeito por constatar que o nosso trabalho originou tanta conversa, e opiniões diferentes, prefiro que assim seja do que os habituais "foi fixe, curti bués, altamente,..etc."

(...)"prefiro seguir o caminho de Michel Gondry"
(...)"tal como o Gondry"
(...)"para citar Marcel Duchamp"
(...)"ja dizia um político"

E para quando uma frase, comentário e/opinião para além dos "foi fixe, curti bués, altamente,..etc." da autoria do Sr.Thierry? Porque não seguires o teu caminho, fazeres tal como Thierry, parares de citar as ideias dos outros e falares por ti próprio?

"O método preferido dele é literalmente "cagar" para o que existe, para o que ja foi feito, para as regras sejam elas de design ou de ética no design e simplesmente fazer aquilo que ele achar mais adequado, ou seja "video pelo video" e principalmente CURTIR!!"
O método do Gondry já todos conhecemos mas nem todos precisamos de "cagar" da mesma maneira... Tierry "caga", não deixes que os outros caguem por ti!!


ana

8:55 da tarde  

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