terça-feira, dezembro 14, 2004

Ideias sobre Padrão e Aleatoriedade.

Padrão
O padrão é uma construção mental oriunda de relações de entendimento de elementos similares e singulares.
Na realidade em si (númeno), nada se repete. Nada se repete.
A escala das coisas é importante.
Caos não significa desordem.
Na matemática o termo Caos aplica-se numa premissa que está dependente de algo que a sucede. O nosso desenvolvimento (a partir dos 4 meses de gestação) processa-se num banho luxuriante de sons que constituem o ritmo vital da nossa progenitora. O coração bate.
O homem acha conforto e segurança quando consegue antever uma situação. Assim se explica a valorização de qualquer tipo de conhecimento que permita ao indivíduo saber o que (lhe) vai acontecer.

O padrão existe antropometricamente, (à nossa escala).
Quais são os limites do padrão sonoro?
Para o ouvinte comum, o padrão compreende-se entre a textura (micro escala) e a macro-escala que depende da paciência, dedicação e tempo de vida do ouvinte. Na House Music convencional o padrão estrutura-se dentro de um raciocínio matemático que se pode denunciar em relações de metades e dobros de 0,5 segundo (120 bpm).
No Gabba Techno a coisa vai até às 300 ou mais batidas por minuto.

Ideias sobre representações imagéticas e representações sonoras (imagem e música).

Hoje é necessário repensar o significado da palavra Imagem. Suponho que uma melhor maneira de a codificar será a atribuição de uma carga que diga respeito (mais uma vez) a uma construção mental. Uma fotografia é, então, uma representação de uma imagem. A realidade é transmitida aos não-cegos através de raios de luz que são absorvidos por um "sensor biológico" (olhos), invertidos pelo resto do sistema óptico humano até se manifestarem em forma, (a imagem tem forma mental). Ela é depois fundida com as outras sensações dos outros sentidos. A importância dada a cada um dos 5 sentidos varia de indivíduo para indivíduo. O processo de codificação/descodificação do real em imagem é altamente complexo (como demonstra Oliver Sacks em "O Homem que confundiu a Mulher com um Chapéu"). Arrisco sem conhecimento científico de suporte: O processo de codificação/descodificação do real em imagem talvez até mais moroso que o da audição.
O som acontece como consequência de trocas de energia entre matéria.
O som está para a luz, assim como a Música está para a Imagem. Também a matéria(?) é interpretada pelo Tacto. Sobre-valorizamos algum dos sentidos? Sim. Eu gosto muito de cores vivas e metalizados.

Quando um professor lê 30 mil palavras (com direito a explicações extra) numa aula, acontecem estes textos.