O Primeiro Blog de Todos os Tempos!

Antigo FBAUP, FBAUP404

quarta-feira, março 30, 2005

Inauguração no Maus Hábitos.

2º Cartaz PPS4web (Converte
Este é o poster que anuncia a minha actuação (entre outras tão boas ou melhores ou piores) no Maus Hábitos, no âmbito de uma exposição de trabalhos de vários amigos do espaço PêSSEGOpráSEMANA. Os pêssegos farão uma espécie de mudança pontual de residência. Fica já uma especulação daquilo que lá vou fazer: 30 minutos de actuação atrás dos instrumentos, e 30 minutos de música azeiteira, descomprometida, eufórica e teen e maravilhosa. ATB, Tiesto e Gigi d'Agostino 4 Ever/Dance avec moi!
This is the poster that announces my live-act (among other and maybe better or worse stuff) in Maus Hábitos, ranged by a PEACHnextWEEK artist-friend's exibition. The peaches will do something like an adress change. Speculating my show: 30 minutes of regular performance, and 30 minutes of cheesy, uncompromised, euphorical and teen and wonderfull music. ATB, Tiesto e Gigi d'Agostino 4 Ever/Dance avec moi!

domingo, março 27, 2005

Jorge Rodriguez-Gerada

Pop!
Pop!

Ciclo da água: 

terça-feira, março 22, 2005

Ainda há esperança: pode ser que o Sporting chegue lá!

Alguém me disse:
O Tino Sehgal propõe-se a investigar a desobjectificação da arte e faz-se pagar por uma peça que investiga esse assunto. Que ele era uma espécie de especialista da informação e do conceito.
Como substituir isto por palavras sensatas? já sei: Blá, blá, blá, Ele é muito bom artista, e gosta muito do clima de portugal, é sempre bom mudar de ares...
É impossível que o objectivo seja uma investigação, simplesmente porque não há conclusões. Ou se elas existiram, só as disse aos amigos.
Qual é o problema da informação se concretizar num objecto, será um sitoma de luta contra a memória... Pfff... Quando lá for, vou anotar tudo o que disserem e fizerem num bloquinho e se conseguir até gravo. Truca! Agarrem qué ladrão!
Das duas uma, ou duas:
Ou o secretismo é prenúncio de intenções duvidosas, ou então, indicia omissão de dados manhosos pertencentes a um passado. Eu sei que é exigir demais para quem já se habituou a gerir estas coisas mas, se calhar, os que são mesmo contra a Total liberdade de circulação das ideias, seja sobre que suporte for, é que são os verdadeiro criminosos e não aqueles que dizem tudo o que lhes vem à cabeça, que copiam, reproduzem, citam, étcétra...
Especialistas deve ser um eufemismo para "wiseguys". A maioria desses tais especialistas que foram pagos por conceitos não foram pagos simplesmente para dar uma ideia... que ficou no ar durante o tempo em que o som não foi absorvido pelas paredes do local em que se encontravam. Provavelmente, venderam um cd, uma folha de papel, um suporte para a ideia.
A diferença não é assim tão grande quando são coisas entre amigos. Mas é gigantesca quando se trata de um comunidade global na qual a informação visa chegar a todo o lado (e é essa a nossa actual condição). Se uma ideia não tiver suporte material não vale nada para quem não a ouviu, não a viu, nem a conhece. Os artistas têm optado pela difusão da ideia de modo localizado, às vezes com uma precisão cirúrgica. O Tino Sehgal leva, de modo propositado, essa atitude ainda mais longe não permitindo qualquer tipo de fixação matérica da ideia. Não estou a dizer que a peças não são poderosas. Antes pelo contrário, elas vão ao fundo da questão conceitual. Mas, não será um reflexo defensivo tão comum como não dizer à vizinha que a nossa galinha já morreu? Parece a muita gente que a arte escapa à banalidade com essa atitude. Mas olhando de modo mais ou menos frio para a sociedade ocidental, essa fuga à banalização acontece até nas conversas de café. Os "secretismos" acontecem todos os dias e, mesmo à escala local, originam quase sempre situações ambíguas, mal-entendidos e até inimizades. Em grande escala criam desinformação geral e lixo conceptual para colmatar a ausência de transparência e preencher vazios de orientação.

SCP

domingo, março 20, 2005

O Benfica vai ganhar o campeonato!

Pior ou melhor só o tipo que está em Serralves a expôr que recusa qualquer tipo de reprodução em matéria das ideias dele. E vende ideias com contratos verbais. Serralves está em negociações com Tino Sehgal para lhe adquirir uma peça que consiste na declamação por parte do vendedor de bilhetes de uma frase estranha a cada pessoa que compra uma entrada. Se imitares a pessoa podes ser processado por plágio/roubo de uma peça que pertence à coleção do museu, ele não se coibiu de o fazer quando a questão lhe foi posta por um segurança. O tipo está representado em colecções em todos os museus do mundo, tipo, não há lá nada, nicles, zero, niente. Não consigo para de rir quando penso nisto de tão genial e irresponsável. A aceitação da economia das ideias por parte de uma classe que frequenta museus, uma classe social que tem acesso a cultura de ponta, pessoas que supostamente deveriam estar informadas e conscientes dos perigos de "uma sociedade que só vive bem quando compra ideias", pode legitimar perversões sociais despropositadas e dependências crónicas do pensamento do próximo. A autonomia de produção de alimento, e outros bens essenciais, já nos foi escapando a pouco e pouco. Não vou esperar que o esquema flua até não poder pensar de forma gratuita. Dizer o que penso é um dever e um direito! Já não posso ser cúmplice neste engano porque a continuarmos neste estado letárgico, não tomando medidas realmente pragmáticas, o capitalismo falhará em três tempos. Tolinhos. É que isto é mesmo perigoso... Se cada ideia valesse um euro e as pessoas só dissessem qualquer coisa de jeito quando se lhes pagasse, por opção ou por lei, tipo arrumador de carros... Então é que isto ficava bonito, ficava...

Tino Sehgal, try to sue me!

"Things perked up when Sehgal explained how he actually sells his work in the absence of documentary photographs or certificates of authentication—a weird tale of oral contracts memorized by lawyers and of the artist teaching the buyer how to perform the work, thus instigating a pedagogical daisy chain if and when it's sold again. Later, he convincingly refuted suggestions that his work was either subversive or a rehash of '60s conceptual strategies, asserting that it is, rather, a politicized inquiry into the mutability of modes of production. He resembled an earnest economist—disinterested in getting Croesus-rich off his art and mentioning only in passing that Joseph Kosuth had told him he'd solved a fundamental problem of Conceptualism. Perhaps seeking to keep his friend's self-esteem in check, Hoffmann needled him for that. "You finally achieved the dematerialization of the art object," he said dryly, to a ripple of laughter. Sehgal quickly changed the subject and, shortly afterward, dematerialized into the night."

SLB

Qualquer dia esta merda arrebenta tudo... : )

domingo, março 13, 2005

À Dica da Semana? O "jornal".

Eurodance changed my life!
Job Ken Lum
.
Entre outras coisas é o tipo que desenha a revista de concretização mais dispendiosa de Portugal. Pelo que sei, nela desenvolve funções de ilustrador e editor. Recebeu muitos prémios, a Egoísta. Disseram que é a mais premiada.
Por favor não comparem o nosso trabalho ao deles. O Henrique é só um exemplo de uma geração que não cresceu connosco, nem cresceu no nosso Portugal dos pequeninos. Nós somos diferentes, brincamos às fanzines e aos artistas, aos designers e às editoras. Alguns de nós são melhores. Outros não. Assustam-se com o Munken Lynx, e tentam passar o receio aos que nem sequer pretendem ser aquele tipo de profissionais... Para já ficam com a dica da semana: onde é que querem chegar com nada feito?

Hi Hi Hi Ken Lum

sexta-feira, março 04, 2005

a Quinta

— Porque é que não fazes um post sobre isto, amanhã?
E daí, porque não...
Vais a uma discoteca com centenas de pessoas e ouves "a música é uma merda" de todos os lados, mas o pessoal gasta 30 euro e fica lá a noite toda. Vais a um clube ou bar mais discreto, onde a música é excelente e o consumo é de 3.50, e ouves "não está ninguém" e o pessoal basa e ainda resmunga.
A "noite" está em crise. "Grande coisa". A tal "coisa" não é assim tão simples. O facto de não ser fácil encontrar condições para uma boa noite de dança e copos com amigos, é sintoma de algo grave e profundo. Eu compreendo a necessidade de um bom ambiente. A multidão é confortável para te afundares anoninamente na tua droga preferida (alcoól, mulheres, homens, chocolate, etc.). Mas se a música é boa, estás com amigos, e não consegues descontrair para fazer a festa... algo está podre no reino.

quinta-feira, março 03, 2005

O Cartaz do F.B.A.U.P..

Ha!
O ínicio das aulas e do segundo semestre pareceram-me dois momentos mortiços do blog que se quer da escola, dos alunos, professores e funcionários... Assim numa tentativa de sair deste estado mórbido em que as funções da vida estão atenuadas por forma tal que esta parece estar suspensa, proponho, aos que estiverem interessados, a concepção, criação e concretização de um cartaz para captar o interesse das pessoas que ainda não sabem que isto existe. Pode ser a preto e branco, a cores, impresso em gráficas, na norcópia ou em casa, desenhado ou serigrafado... Seria também de louvar que os designers que participassem conseguissem converter o poster para Jpeg (400 pixeis de largura (no máximo)) para depois serem afixados aqui. Se alguém quiser participar mas não tiver euros para imprimir tem sempre essa opção. Pode acontecer que alguém goste tanto do Poster que o imprima por sua própria conta para que ele alcance o seu propósito inicial. Não existe temática. Todos os tipos são permitidos, todas as imagens são legais. Convém, no entanto, anunciar o F.B.A.U.P. (www.fbaup.blogspot.com) do modo mais explícito possível. Em suma, pretende-se um espécie de ensaio publicitário ao blog F.B.A.U.P. em forma de cartaz. Não existe qualquer prémio que recompense este trabalho. Assim os habilidosos, incompreendidos, ficarão fora desta maravilhosa oportunidade de saltar para o horário nobre. Como diz o coiso: Boas fest.. Perdão.
Bom trabalho.

Três cartazes:

Marrucho
Mer Da Ha!

Sérgio
cartaz#1

Cruz
ruth_poster_cruzfbaup

E-Democratia...

A minha geração costuma ser optimista em relação às informáticas. Por norma, os pensadores mais rugosos tendem a defini-la como a geração take-away! mtv, @ cetera, incauta das ameaças do virtual e, há 10 anos, da T.V.. Geralmente não gostamos de definições desse cariz, mas acabamos sempre por receber o que nos é dado ou oferecido. Já não há pioneiro urbano que goste do McDonalds.
Antes de mais, gostava de esclarecer uma coisa que me aparece constantemente velada em intelectuais com mais de 45 anos ou em filósofos e artistas sem qualquer base aparente de conhecimento das ciências da matéria, (hoje, com sorte, aprendemos isso pelo menos no 6º ano de escolaridade, sem sorte, no 7º): Qualquer ficção existe realmente (por agora é necessário o pleonasmo), uma vez que o pensamento reside em fenómenos matéricos. Sem dúvida que o modo como é traduzido também existe, assim como o jeito da sua formação. Tudo isto para acabar na verdade (verdade é diferente de realidade, a última contém todas as primeiras) mais óbvia do universo: Tudo existe. Nada não existe. O virtual existe. (Há quem lhe chame real em potência, eu chamo-lhe representação mimética de algo vívido, tipo pintura hiper-realista, texto ou espelho) Desde já dou os parabéns por antecipação a quem me fizer acreditar o contrário em menos de 10 linhas. Portanto, e em regresso à questão verdadeiramente levantada, aponto um paradigma contraditório (com direito a tese e antítese) do e-Voting que será, em meu ver, aquele que hipoteticamente também poderá ser partilhado com o pensamento. Em questões (como nos habituaram):
Até que ponto é que a democracia é fiável?
Até que ponto posso escolher o que estou a pensar?
Podemos mesmo confiar nessa "Recommendation of the Committee of Ministers to member states on legal, operational and technical standards for e-voting" (Adopted by the Committee of Ministers on 30 September 2004 at the 898th meeting of the Ministers’ Deputies)?
Podemos mesmo confiar em nós próprios, no nosso pensamento?

Ilustrando melhor:
Será que se o código binário puder conter os resultados da eleição substituindo os actuais boletins como (provas corporais), a democracia continua a ser como é? Será mais ou menos corruptível? Como é que o Sr. António que gosta é de tractores pode ter a certeza do eficaz funcionamento da coisa?
Será que se os pensamentos originarem os pensamentos, substituindo a acção ou o contacto imediato que cada vez mais se apodera dessa função, como início e como fim, a aparente sanidade está em segurança? Apressará a recaída mais ou menos? Como é que o Joãozinho que gosta é de curtir pode ter a certeza de que o pensamento como génese de si mesmo é melhor do que ser felliz e não pensar muito sobre isto?
Não confundamos nunca e-voting com e-democratia! Por enquanto parece-me uma questão de fé. Eu gostava muito de saber um pouco mais sobre isso e poder fazer mais do que acreditar...