Desarmado pelas regras do Jogo
Apetece sempre começar um discurso revoltado com asneiradas, mas como eu até sou daqueles gajos que vai a casa por perfume e desanda para marcar os pontos que tanto necessitamos aqui e acolá e na rua Passos Manuel, vejo-me obrigado a ser eticamente correcto. Porque me engalfinho em conversas de esplanada com raposas sabidas e as chateio, e porque os doces que os meus compichas são mais exímios em distribuir escassam, armo merda. Enfeito o meu discurso de profecias e em sorrisos cruzados e acepções de cumplicidade avanço as conversas em que participo para estratégias de direita e de esquerda, porque não sou filiado. Porque sei que ser político é menos frútifero que ser activista liberal, quero ser capitalista emocionável.
-Oh vai-te foder... -acaba o Eduardo, depois do Zé ter picado com conversas paralelas quando numa noite de Verão, um grupo de quatro amigos me aceitou na mesa amigável que a vista de passagem me propunha. Tudo gente amaduracida pelos anos de obstáculos que me esperam, e até mais atenta a fenómenos bem mais interessantes que os espectáculos globais aos quais dedico atenção e dos quais defino matrizes para a minha posição. Chego sempre com aquela revolta parva de quem não sabe o que quer. Mas é só aparente porque enfim, vai-se sabendo.
Compreendam que é mais difícil assumir que se quer mudar o mundo em modos realistas, do que decidir ser artista. Perdão, amanhã já virei o casaco. Mando-vos abraços e peço mais alguma paciência.
-Oh vai-te foder... -acaba o Eduardo, depois do Zé ter picado com conversas paralelas quando numa noite de Verão, um grupo de quatro amigos me aceitou na mesa amigável que a vista de passagem me propunha. Tudo gente amaduracida pelos anos de obstáculos que me esperam, e até mais atenta a fenómenos bem mais interessantes que os espectáculos globais aos quais dedico atenção e dos quais defino matrizes para a minha posição. Chego sempre com aquela revolta parva de quem não sabe o que quer. Mas é só aparente porque enfim, vai-se sabendo.
Compreendam que é mais difícil assumir que se quer mudar o mundo em modos realistas, do que decidir ser artista. Perdão, amanhã já virei o casaco. Mando-vos abraços e peço mais alguma paciência.
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