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Que o patronato, os senhores feudais, o governo, os ministros, os empresários, os gestores e tesoureiros, os governadores e presidentes e mais os seus vices, os detentores do ensino e da educação agradeçam à tecnologia, ao progresso, à sony e à música electrónica. Agradeçam aos sofás, à super bock, à rtp, sic e tvi, à internet, à netcabo e ao photoshop, aos cartões de consumo e à vodka limão. Façam uma ode ao sexo, às relações e aos jogos de computador. Uma dança à ganza, às rodas e aos ácidos, uma festa da branca regada de vinho tinto. Venerem a noite de sexta-feira. Idolatrem os eventos culturais a cinquenta euros e os trabalhos a part-time, procurem algo para fazer nos vinte e dois dias de férias anuais que dão a quem para vocês trabalha, adorem os telemóveis com máquina fotográfica, canivete suiço e móvel da sala, amem o consumo, a propina e o imposto, a taxa e a dízima, as percentagens e as multas. Agradeçam aos passivos alunos de Belas Artes que não se importam de pagar cento e cinquenta contos de propinas (o dobro de 2002), regozijem-se com a riqueza ou pobreza destes (pouco importa) e para o ano, espero lá não estar, dupliquem de novo a sua comissão, porque quem cala...
3 Comments:
Consente?
Bem, esse espírito natalício veio um bocadito ácido...
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Agradecer aos sofás, à super bock, à rtp, sic e tvi, à internet, à netcabo e ao photoshop, aos cartões de consumo e à vodka limão. Fazer uma ode ao sexo, às relações e aos jogos de computador. Uma dança à ganza, às rodas e aos ácidos, uma festa da branca regada de vinho tinto. Venerar a noite de sexta-feira. Idolatrar os eventos culturais a cinquenta euros e os trabalhos a part-time, procurar algo para fazer nos vinte e dois dias de férias anuais que damos a quem para nós trabalha, adorar os telemóveis com máquina fotográfica, canivete suiço e móvel da sala, amar o consumo, a propina e o imposto, a taxa e a dízima, as percentagens e as multas. Agradecer aos passivos alunos de Belas Artes que não se importam de pagar cento e cinquenta contos de propinas (o dobro de 2002), regozijar-mo-nos com a nossa riqueza ou pobreza (pouco importa)...
Além disto, que mais podemos fazer senão cantar em frente à Assembleia da República? Senão queimar símbolos de poder económico e político e tornar o acto público. Senão pintar outdoors e colaborar com a Montana ou outra marca que fixe bem. Ou pagar o consumo mínimo e não mais. Outro 25 de Abril? Não me parece... A revolta tem andado a fervilhar nas retóricas. Eu tenho uma posição! Eu não concordo! Posso informar? Devo informar? Posso mesmo? Os estudantes politizados embrenharam-se em novelas de estudantes politizados.
Um dia poderão ser verdadeiros políticos.
Soluções? Sugestões?
Porque te alheias da responsabilidade? Devo fazê-lo também?
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