O Primeiro Blog de Todos os Tempos!

Antigo FBAUP, FBAUP404

quarta-feira, dezembro 29, 2004

CDR Label

Ponto de Partida:
Sociedade de consumo e o vedetismo do desconhecido, as conecções sem fios, Reality TV, DVD recorders, Remakes, Portugal na Eurovisão, Pendrives de 1 giga byte, Mp3, Aac, propriedade intelectual, a Roménia na MTV, o autocarro na IP5, a opinião privada e quem me dera um ter um I-Pod, a 3 geração e a ITV, a comunidade globlá, blá, blá, bléu...

Possuir uma editora era, até há bem pouco tempo, um pequeno luxo a que apenas o cidadão com poder de compra e interessado em qualquer tipo de música podia aceder. Hoje não. Uma CDR Label (termo com origem na língua inglesa) é um tipo de editora que possibilita ao pequeno consumidor uma participação activa no mercado musical.

Como criar uma CDR Label em 10 passos simples:

1. Compra um computador com gravador de CDROM ou pede um.
2. Escolhe 100 músicas de que gostes.
3. Copia 10 ou 15 dessas músicas para o disco rígido do computador.
4. Compra 100 Cds graváveis sem nada escrito na parte superior.
5. Compra 100 caixas de CDs vazias.
6. Perde uma semana a fixar as músicas que escolheste em formato audio nos 100 discos compactos virgens.
7. Escreve os nomes das músicas numa folha quadrada (12 por 12 cms). Escreve o nome da CDR Label (por exemplo: Groovy Dude!)
8. Faz um desenho na parte de trás.
9. Perde 1 hora a encaixar essas folhas na caixas.
10.Dá um CDR a cada um dos teus amigos.

Repete todo o processo periodicamente (mensalmente, trimestralmente...) mas com músicas diferentes.

CDR-Label

Por mais simbólica que seja essa contribuição ela é sempre importante.

Se quiseres mais informação clica aqui.

domingo, dezembro 26, 2004

Control de tierra al comandante Juan...

De volta à terra. O Natal com a família. TV Cabo, King of the Hill, The Simpsons, e Family Guy. Uma "galette du rois" num dia. English Club ao sábado.
-Estás mais magro.-Então e a arquitectura?-Esse corte de cabelo estava na moda.-O teu também.
No autocarro, ali quando se corta para variante (Av. Eugénio de Andrade), a desilusão atingiu-me como um copo de bagaço atinge uma úlcera. Vivo numa cidade realmente pobre. Ele é mato misturado com prédios rosa-choc, ele é edifícios pré-fabricados com parques de diversões abandonados. E como se isto (e muito mais) não bastasse, alguém teve a ideia de botar lâmpadas de natal pindéricas ou fundidas pelas principais ruas e avenidas para denunciar a pobreza a quem vem de fora.
Todas as discussões do mundo numa casa de pasto para jovens alternativos, não me desviam da indigência evidente. Já não existem argumentos que valham aos que por cá ficaram para me convencerem a viver aqui. Quem cá está anda triste.
Na discoteca, deixo de perceber porque é que vale a pena pensar sobre música.
Às tantas, já nem é uma questão de falta de informação. Pode mesmo ser pior que isso. Em desespero partilho palavras e preocupações com um colega designer que estava preocupado com a política pouco ecológica do país.
As minhas prendas de Natal já não me entristeceram e até foram fixes comparadas com as da minha avó. 6 pares de meias cinzentas (daquelas que fazem cotão e têm losângulos), um par de meias pretas das boas, um conjunto Eternity C.K. Deo e Eau de Toillete, um pijama, umas pantufas quentinhas, umas notas para pagar uns lanches e uns cafés até ao ano novo, e o bom humor da família que me adora. O madeiro (grande fogueira que se faz no adro da Igreja) estava quase apagado à 1 da manhã até que alguém lá foi por um pneu que o fez durar até agora.
Alguns velhos acumulam-se nos bares e pedem copos até caírem com um joelho nos paralelos. Os loucos, não fazem mal, coabitam com a música de Artist Unknown enquanto imploram por uma taça de vinho tinto ao barman que fecha o tasco às duas com polícia à porta.
Por vezes, estar triste não é mau, mas pessoas aqui, (a 3 horas do Porto e a 2 horas e meia de Lisboa) andam tristes e acham isso normal. Estão acomodadas à pobreza. Falem-me agora do curtir, da música electrónica experimental, do corpo na dança e da prótese virtual. Da trans-disciplinariedade do novo sistema operativo, do transformismo e das produções de moda da TANK. Falem-me de arte e de design que não vos respondo! E se vos vir por aqui, ainda vos bato com uma couve!

quinta-feira, dezembro 23, 2004

primeira vez

"Olá. Este é o meu primeiro post. Quem quiser pode fazer um comentário."
Albino

terça-feira, dezembro 21, 2004

Natal = Arte

{Uma questão incorpórea e física}

Ao pensar sobre o Natal cheguei à conclusão que:

O Natal resume-se à obrigação obrigada de obrigar e ser obrigado a trocar gastos e suposições. No ‘entretanto’ come-se bacalhau com batatas, grelos e azeite, doces, rabanadas e pinhões. Ou seja, fisicamente o natal não é nada mais que produtos, sejam eles de mercearia ou de outros, das mais variadas formas e cores, e espiritualmente, gostos e preferências em presunçosa atribuição e gananciosa troca, numa procura desenfreada e alucinada por espaços enlatados construídos em círculos de consumo, às voltas, às voltas, às voltas…

O mesmo podia ser aplicado à arte…

A Arte resume-se à obrigação obrigada de obrigar e ser obrigado a trocar gastos e suposições. No ‘entretanto’ come-se bacalhau com batatas, grelos e azeite, doces, rabanadas e pinhões. Ou seja, fisicamente a arte não é nada mais que produtos, sejam eles de mercearia ou de outros, das mais variadas formas e cores, e espiritualmente, gostos e preferências em presunçosa atribuição e gananciosa troca, numa procura desenfreada e alucinada por espaços enlatados construídos em círculos de consumo, às voltas, às voltas, às voltas…

%

Que o patronato, os senhores feudais, o governo, os ministros, os empresários, os gestores e tesoureiros, os governadores e presidentes e mais os seus vices, os detentores do ensino e da educação agradeçam à tecnologia, ao progresso, à sony e à música electrónica. Agradeçam aos sofás, à super bock, à rtp, sic e tvi, à internet, à netcabo e ao photoshop, aos cartões de consumo e à vodka limão. Façam uma ode ao sexo, às relações e aos jogos de computador. Uma dança à ganza, às rodas e aos ácidos, uma festa da branca regada de vinho tinto. Venerem a noite de sexta-feira. Idolatrem os eventos culturais a cinquenta euros e os trabalhos a part-time, procurem algo para fazer nos vinte e dois dias de férias anuais que dão a quem para vocês trabalha, adorem os telemóveis com máquina fotográfica, canivete suiço e móvel da sala, amem o consumo, a propina e o imposto, a taxa e a dízima, as percentagens e as multas. Agradeçam aos passivos alunos de Belas Artes que não se importam de pagar cento e cinquenta contos de propinas (o dobro de 2002), regozijem-se com a riqueza ou pobreza destes (pouco importa) e para o ano, espero lá não estar, dupliquem de novo a sua comissão, porque quem cala...

Século XIX

gray1b

sábado, dezembro 18, 2004

Duplu 2

Neste preciso momento estão cerca 1000 pessoas a dançar na Faculdade.
Ou melhor, estão 1000 pessoas na Faculdade.
Eu vim para casa na segunda música do Colectivo Muesli ou Muesli Colectivo.
Começaram com um tema que bem podia ser de Mike Ink em meados de anos 90.
O segundo teve uma introdução longuíssima que fez com que a minha semi-embriaguês perdesse o prefixo.
Não tinha trocos para uma Coca-Cola e vim para casa escrever. Ainda não sei publico isto no F.B.A.U.B. ou no Eurosom. Talvez nos dois.

Ontem os alunos que podiam sair à noite e queriam sair à noite para ouvir qualquer coisa diferente daquilo que ouvem no seu dia-a-dia foram brindados com um concerto de TAM (Tira A Mão "ex-"parceiro de DMD (Do Meu Deserto)), com outro de Rafael Toral e um final dos VídeoSutra ou Vídeosutra apresenta:.
A minha opinião sobre as actuações já foi dada aos artistas que se expuseram a isso, pelo que não vou avançar com mais dados, até porque não fiquei revoltado.
Fica só uma dica e uma dica só: qualquer pessoa que tenha cabelos e faça música electrónica não se deve auto-apelidar de careca electrónico. Já agora, deixo duas: o Rafael Toral gostou muito da última actuação.

Antes de voltar à festa (como se diz no Porto: degredo), quero só desejar boa sorte às equipas de limpeza quando resolverem o problema dos vomitados e dos mijos nos corredores de acesso a tudo quanto é espaço.

Sem ironias nenhumas:
Esta Associação de Estudantes desenvolveu um bom trabalho.
Parabéns ao Sérgio, Dinis, Bino e Duarte pelo D.J.7, a todo o pessoal do balcão pelo esmerado serviço de Bar, Sr. Ângelo, pessoal da bilheteira, cabides e à Presidenta por confiar nesta corja.
Até daqui a 300 metros.

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Cinderela Cravo e Canela

<>Dois prezados de praça cortam na casaca
do alto de um balcão de tijela e meia alternativa...

"Meu amigo...
falta-lhe tudo..."

"Destreza e faca..."

"Cabeleira ao vento..."

"e sapatinho de chiclet..."

"hui hui..."

Depois de três imperiais,
cantam em uníssono:

"Salta a poçinha, Cinderela
No umbigo com barriga,
tofu com beringela,
comes muita espiga..."



Projecto Intercâmbio

Fase 2


Objectivo

O projecto Porto-Valência propõe-se levar 50 fbaupeiros a Valencia com o intuito de participar em work shops e numa mostra de trabalhos.


Metodologia

Os projectos/trabalhos deverão ser apresentados até dia 3 de Fevereiro de 2005 sob a forma de projecto/dossier à comissão organizadora. Os trabalhos serão seleccionados pela comissão organizadora. Deverá ser devidamente facultada informação digital sobre trabalhos para constar de um pequena publicação documental. O medium não é discriminado por outro que não o mediador. A apresentação de trabalho é vinculativa para a participação no evento.


Contactos

AEFBAUP
Rui Silva [5ºano design]
portovalencia@iol.pt


Informações

www.fbaup.blogspot.pt

terça-feira, dezembro 14, 2004

Ideias sobre Padrão e Aleatoriedade.

Padrão
O padrão é uma construção mental oriunda de relações de entendimento de elementos similares e singulares.
Na realidade em si (númeno), nada se repete. Nada se repete.
A escala das coisas é importante.
Caos não significa desordem.
Na matemática o termo Caos aplica-se numa premissa que está dependente de algo que a sucede. O nosso desenvolvimento (a partir dos 4 meses de gestação) processa-se num banho luxuriante de sons que constituem o ritmo vital da nossa progenitora. O coração bate.
O homem acha conforto e segurança quando consegue antever uma situação. Assim se explica a valorização de qualquer tipo de conhecimento que permita ao indivíduo saber o que (lhe) vai acontecer.

O padrão existe antropometricamente, (à nossa escala).
Quais são os limites do padrão sonoro?
Para o ouvinte comum, o padrão compreende-se entre a textura (micro escala) e a macro-escala que depende da paciência, dedicação e tempo de vida do ouvinte. Na House Music convencional o padrão estrutura-se dentro de um raciocínio matemático que se pode denunciar em relações de metades e dobros de 0,5 segundo (120 bpm).
No Gabba Techno a coisa vai até às 300 ou mais batidas por minuto.

Ideias sobre representações imagéticas e representações sonoras (imagem e música).

Hoje é necessário repensar o significado da palavra Imagem. Suponho que uma melhor maneira de a codificar será a atribuição de uma carga que diga respeito (mais uma vez) a uma construção mental. Uma fotografia é, então, uma representação de uma imagem. A realidade é transmitida aos não-cegos através de raios de luz que são absorvidos por um "sensor biológico" (olhos), invertidos pelo resto do sistema óptico humano até se manifestarem em forma, (a imagem tem forma mental). Ela é depois fundida com as outras sensações dos outros sentidos. A importância dada a cada um dos 5 sentidos varia de indivíduo para indivíduo. O processo de codificação/descodificação do real em imagem é altamente complexo (como demonstra Oliver Sacks em "O Homem que confundiu a Mulher com um Chapéu"). Arrisco sem conhecimento científico de suporte: O processo de codificação/descodificação do real em imagem talvez até mais moroso que o da audição.
O som acontece como consequência de trocas de energia entre matéria.
O som está para a luz, assim como a Música está para a Imagem. Também a matéria(?) é interpretada pelo Tacto. Sobre-valorizamos algum dos sentidos? Sim. Eu gosto muito de cores vivas e metalizados.

Quando um professor lê 30 mil palavras (com direito a explicações extra) numa aula, acontecem estes textos.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Alguns provérbios e citações sobre a informação:

O que o teu inimigo não deve saber, não o digas ao teu amigo.

Aquele que sabe muito e que não é capaz de conter a língua é como uma criança armada com uma faca.

O segredo é a alma do negócio.

O saber não ocupa lugar.

Se queres conversar comigo, define primeiro os termos que usas.

O que é persuasivo é o carácter de quem fala e não a sua linguagem.

Afirma com energia o disparate que quiseres, e acabarás por encontrar quem acredite em ti.

Um crítico é alguém que conhece a estrada mas não sabe conduzir.

É o diz-que-disse.