Vale tudo menos ganhar ou perder.
Em tempo de guerra, Portugal cá continua enterrado na crise sem capacidade para enviar tropas suficientes para ocuparem uma ou duas pocinhas de petróleo. E ainda bem. No entanto o português pensa no assunto e há até quem tenha a infelicidade de se ver obrigado a pensar em familiares que por lá andam. Eu não tenho niguém conhecido no Iraque, mas isso também me permite estar irritado. No EUA recrutam garotos de famílias pobres oferecem-lhes estudos e ordenado.
À parte das dificuldades económicas que possam pressionar um jovem a fazer a guerra (porque ela ainda (por pouco tempo) não se faz sem pessoas), existe também o factor estupidez-suficiente-para-empenhar-uma-arma-premir-o-gatilho-sabendo-que-o-pai-a-mãe-os-filhos-e-os-amigos-da-"baixa"-vão-sentir-muitas-saudades.
A imbecilidade não é característica exclusiva dos militares que estão no terreno. As mais altas patentes dos exércitos dão o exemplo. Assim como os políticos que em conferências aprovam por decreto uma guerra sabendo que nunca terão de montar o cavalo. É precisamente nesta casta que surgem as situações mais aberrantes. São sempre fruto de boas intenções, mas a guerra não se faz disso.
Apesar de não saber muito de história da liça, "diz que disse" que guerra ocidental tem um espírito nobre, a japonesa tem um je ne sais quoi de samurai, a africana tem um carácter mais banal e a muçulmana é de natureza cobarde. So they say...
Assim nós, ocidentais, decidimos criar regras para a guerra de modo a que nos entendamos todos quando nos prepararmos para cortar as cabeças do inimigo mau. Antes de mais: não valem minas. Depois, também não são permitidas armas nucleares por dá cá aquela palha... As armas químicas não são legais e à miníma suspeita, zás-trás! Basta as chamuças cheirarem a Sarin para destruímos a vossa civilização, diz o gajo d'Alfama. Cada vez que puserem uma bomba artesanal avisem com algum tempo de antecedência para malta desactivar o engenho. Ok? É como fazem os do IRA e da ETA. Custa assim tanto a perceber a nobreza? Os prisioneiros de guerra devem ser tratados com paninhos quentes e água benta. E se quiserem decapitar alguém que seja com a nossa guillotine, para não experrinchar muito tempo...
A lista continua como se o guerreiro contemporâneo fosse mais civilizado que o macaco.
Por isso se quiserem andar à bulha com a malta do ocidente, só podem usar paus afiados, fisgas, pistolas, espadas, canhões, catapultas, cocktails molotov... enfim, artilharia leve e pesada que não deixe marcas permanentes.
Alguém que nos diga que guerra é guerra. Alguém que nos faça compreender que ela nunca é inteligente, nobre ou qualquer outro adjectivo qualificativo, seja com minas ou com armas ultra-sónicas.
Vale sempre a pena relembrar.
À parte das dificuldades económicas que possam pressionar um jovem a fazer a guerra (porque ela ainda (por pouco tempo) não se faz sem pessoas), existe também o factor estupidez-suficiente-para-empenhar-uma-arma-premir-o-gatilho-sabendo-que-o-pai-a-mãe-os-filhos-e-os-amigos-da-"baixa"-vão-sentir-muitas-saudades.
A imbecilidade não é característica exclusiva dos militares que estão no terreno. As mais altas patentes dos exércitos dão o exemplo. Assim como os políticos que em conferências aprovam por decreto uma guerra sabendo que nunca terão de montar o cavalo. É precisamente nesta casta que surgem as situações mais aberrantes. São sempre fruto de boas intenções, mas a guerra não se faz disso.
Apesar de não saber muito de história da liça, "diz que disse" que guerra ocidental tem um espírito nobre, a japonesa tem um je ne sais quoi de samurai, a africana tem um carácter mais banal e a muçulmana é de natureza cobarde. So they say...
Assim nós, ocidentais, decidimos criar regras para a guerra de modo a que nos entendamos todos quando nos prepararmos para cortar as cabeças do inimigo mau. Antes de mais: não valem minas. Depois, também não são permitidas armas nucleares por dá cá aquela palha... As armas químicas não são legais e à miníma suspeita, zás-trás! Basta as chamuças cheirarem a Sarin para destruímos a vossa civilização, diz o gajo d'Alfama. Cada vez que puserem uma bomba artesanal avisem com algum tempo de antecedência para malta desactivar o engenho. Ok? É como fazem os do IRA e da ETA. Custa assim tanto a perceber a nobreza? Os prisioneiros de guerra devem ser tratados com paninhos quentes e água benta. E se quiserem decapitar alguém que seja com a nossa guillotine, para não experrinchar muito tempo...
A lista continua como se o guerreiro contemporâneo fosse mais civilizado que o macaco.
Por isso se quiserem andar à bulha com a malta do ocidente, só podem usar paus afiados, fisgas, pistolas, espadas, canhões, catapultas, cocktails molotov... enfim, artilharia leve e pesada que não deixe marcas permanentes.
Alguém que nos diga que guerra é guerra. Alguém que nos faça compreender que ela nunca é inteligente, nobre ou qualquer outro adjectivo qualificativo, seja com minas ou com armas ultra-sónicas.
Vale sempre a pena relembrar.
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