Assim de relance

É mau, o futuro próximo (6 meses a 8 meses) do novo design de comunicação do Porto (sub 30). Os clientes, dentro da área cultural, vão querer arriscar menos do que o que fizeram nos passados dois anos, e vão optar por soluções seguras de filhos de alguém ou decidir importar. O fim da crise não vai ser suficiente para eliminar o preconceito de que 4 cores fica muito caro, os formatos vão ser pobres e, pior que isso, inconsequentes. Vão faltar meios aos putos, antes de faltarem aos graúdos. É que um dos problemas do Porto, conservador, é este comodismo segmentado. Bastam as coisas melhorarem um bocadinho para as pessoas se encostarem, e pensarem que já fizeram o que tinham a fazer enquanto se enterram nos sofás. O caminho torna-se mais lento, infrutífero, e não se anda. Às vezes pergunto-me do que é que esta gente está à espera. Será que pensam que a cultura tira férias para depois regressar em força? Ó deixem-se parar que depois perdem a boleia desta espiga.
Assim de relance as boas ideias já não abundam, e os poucos que as vão tendo não as conseguem concretizar, ou não as conseguem concretizar muito bem. Acho que vou preferir ficar por casa, entrar num part-time noutra área, e ver o espectáculo da vida no YouTube, sem grandes ligações à mediocridade reinante, tentando construir o meu Portugal. Eu sei que é preciso ter paciência e que tudo tem o seu tempo mas, sinceramente, já percebi que não há tempo para tudo, e desncantam-me as actuais opções da Casa da Música, Batalha, Passos Manuel, Pitch, Maus Hábitos, Rivoli, Culturgest, Serralves, etc, etc..

Fica a minha coisa para o aniversário do JUP, primeiro ensaio, JUPCom.1.0.right.screen.shot.5min.post: